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Minha jornada como empreendedor

17/06 | Empreendedorismo

Tempo de Leitura: 4 min

Ser empreendedor é ser capaz de executar um serviço ou vender um produto com o qual se sinta muito bem, tão bem que seu concorrente vai sentir inveja de você e da forma como você faz as coisas na sua vida e na sua empresa.

O que você verá nesse artigo:

  1. Tanto faz ser empregado ou empreendedor
  2. Demitido por telefone na madrugada
  3. Como entrei para o empreendedorismo
  4. Trabalhar só pela esperança de dar certo
  5. A história da startup de 16 milhões

Não existe fórmula melhor do que trabalhar com o que se gosta, e se ainda for possível ganhar dinheiro, ter tempo para a família e ser dono do seu tempo, aí não haverá vida melhor.

Minha jornada como empreendedor começou em 2013, logo após descobrir que a unidade de negócios da empresa na qual eu estava trabalhando, a Ingersoll Rand, iria encerrar as atividades no Brasil por decisão da matriz nos EUA. Imagine a situação…

“Estava em um hotel em Los Angeles, eram duas horas da manhã e meu telefone toca: 

 

Luiz: “Alô, Denis! Aqui é o Luiz, espero que não tenha te acordado, mas tenho uma notícia não tão boa para te dar.”

Eu: “Claro Luiz, pode dizer.”

Luiz: “Nossa unidade de negócios no Brasil será encerrada e você não precisa ir para Orlando para nossa reunião.”

Eu: “Fiquei calado por alguns instantes e respondi: tudo bem, Luiz. Posso te ligar com mais calma assim que amanhecer, tudo bem?”

Luiz: “Claro, tudo bem!”

 

Bom, eu estava em Los Angeles com minha esposa, Alessandra, minha filha Heloísa, então com 7 meses, e meu cunhado, Alexandre. Foi um tanto difícil dizer a eles o que estava acontecendo e, por bem, comentei rapidamente com eles o ocorrido, dei uma risada irônica e fui me deitar novamente. Claro que não consegui dormir aquela noite.

Logo pela manhã, resolvi ligar para o Luiz, meu diretor na época, e falamos no detalhe sobre o que ocorreu e os próximos passos. A melhor decisão foi permanecer nos Estados Unidos e curtir alguns dias de férias forçadas. Foi a melhor decisão que tomamos.

Retornando ao Brasil, fui até a empresa, devolvi meu carro, celular, computador e assinei os papéis. Isso era uma quarta-feira. Mal sabia eu que no domingo minha vida viraria a chave para o empreendedorismo.

Como eu entrei para o empreendedorismo

Por ocasião de um conhecido em comum, tive a oportunidade de conhecer o Rodrigo, um cara “meio maluco”, muito entusiasmado e genial. Uma pessoa que me apresentou a um projeto de startup que, pelos nove meses seguintes, não me geraria um centavo sequer, apenas despesas.

Como eu estava capitalizado com a generosa rescisão que havia recebido, pois na época da minha saída da Siemens e ida para a Ingersoll Rand havia feito um bom contrato, consegui me sustentar sem receita por mais de um ano.

Resolvi arriscar, pois o aplicativo que o Rodrigo me convencer a apostar era transformador, haja vista que eu já havia gerenciado equipes de trade marketing (aquele pessoal que fica nas lojas repondo e arrumando prateleiras nos pontos de venda) por alguns anos. E a minha maior dor na época era saber onde cada um dos promotores estavam trabalhando, que horas havia chegado, o que havia feito e em que hora terminou o trabalho. Era muito complexo!

Por conta dessa dor que já havia sentido, o aplicativo Trade Force me pareceu um produto inovador e fantástico, uma vez que resolvia todos os problemas da gestão de equipes em campo.

Então, entrei para o negócio apenas com a promessa de sucesso, nada mais, pois dali para frente era vender a solução e garantir alguma receita. Mas os primeiros meses não foram nada fáceis, muitas reuniões, contratos-piloto e nenhum contrato fechado.

Para deixar a missão ainda mais fantástica, descobri que o Felipe estava a caminho! Naquele momento ainda não sabia que seria um menino, apenas que teria mais um filho.

Minha responsabilidade havia dobrado e o meu futuro ainda era incerto. Pensei por várias vezes em desistir, mas segui firme na missão de fechar o primeiro contrato. Finalmente isso aconteceu nove meses depois do início da caminhada, mas não foi apenas um contrato, foram três: Café 3 Corações, Danone e Hasbro.

Ufa, que alívio e felicidade! Não deu tempo de comemorar, pois o trabalho era infinito, pois muita coisa precisava ser feita para colocar essas operações para rodar, mas assim o fizemos e a coisa começou a melhorar.

Muita coisa posso falar sobre minha experiência de quatro anos na Trade Force, mas acho que já deu para entender que mais uma vez que o planejamento, o pensamento positivo e o desejo de fazer dar certo mais uma vez fez valer a minha frase: “tanto faz”. 

Novamente, insisto que ser um empregado CLT ou Empreendedor tanto faz, pois o que vale realmente é a paixão, a dedicação, a fome de conhecimento e o trabalho que vão nos diferenciar dos demais. 

Caso queira saber um pouco mais sobre a história da Trade Force a startup que foi vendida por 16 milhões em 2017, clica aqui.

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